Capítulo 4 - Modulação por Pulsos - Página 19  

4.22 Interferência Intersimbólica 

O sinal PCM consiste no somatório de vários pulsos retangulares de mesma amplitude e duração TB os quais estão deslocados no tempo de valores múltiplos de TB, devendo ser observado que não há superposição de pulsos. Quando o sinal PCM sofre distorção linear, o formato dos pulsos é alterado sendo que a duração de cada pulso é aumentada, provocando a superposição de pulsos adjacentes. Este fenômeno é denominado interferência intersimbólica, onde o termo símbolo indica o pulso utilizado na representação elétrica do bit.

A interferência intersimbólica não é prejudicial se o bit representado pelo pulso puder ser interpretado corretamente. Um caso muito comum é a limitação da largura de faixa ocupada pelo sinal PCM através de um circuito RC com característica passa-baixas, conforme a figura abaixo.
 

Através da análise circuital no domínio do tempo obtém-se a equação do pulso distorcido .
 
 
 


 
 
 
 
Pela inspeção do gráfico resultante percebe-se que existe um valor mínimo para a constante de tempo RC acima do qual a duração do pulso mantém-se em TB para a amplitude 0.5. Nesta situação, quando um pulso possui amplitude maior que 0.5, os demais possuem amplitude menor que 0.5, fato que permite a interpretação correta do bit mesmo na presença da interferência intersimbólica. Da comparaçào desta situação limite com a frequência de 3dB do circuito passa-baixas, tem-se uma estimativa para a largura de faixa do sinal PCM.
 
 
 
 
 
 

 

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Universidade Federal do Paraná - Departamento de Engenharia Elétrica - www.eletr.ufpr.br/artuzi