O transdutor de inclinação e suas aplicações – Geologia O artigo que se
segue trata de uma aplicação do nosso transdutor na área da Geologia. Após a
leitura deste, podemos realmente avaliar a importância do uso de tal
dispositivo, inclusive na previsão de fenômenos naturais que possam causar
danos ao ser humano. Artigo: Medidores de inclinação na Geologia Fonte: Brantley and Topinka, (eds. 1984), Volcanic Studies at the
U.S. Geological Survey’s David Johnston Cascades Volcano Observatory,
Vancouver, Washington, Earthquake Information Bulletin, v. 16, n. 2,
March-April 198, p. 84 Juntamente com o
aparecimento de rupturas e falhas, a cratera do Monte “St. Helens” apresenta
vibrações e conseqüentes pequenas inclinações superficiais antes do processo de
erupção. Os inclinômetros eletrônicos, largamente utilizados no Hawaii, medem
tais variações ou mudanças de inclinação na superfície terrestre. Dispositivos
especialmente projetados para o Monte “St. Helens” desde a superfície da
cratera até o seu cume. Os dados obtidos contribuíram significativamente para
previsões de erupções durante os anos de 1981 e 1982. A medida de
inclinação é expressa em microradianos. Para termos uma idéia desta magnitude,
1 microradiano equivale ao deslocamento angular de uma barra de um quilômetro
de comprimento quando uma de suas extremidades é levantada de 1 milímetro.
Mesmo apresentando um limite de precisão de um décimo de um microradiano, a
precisão é limitada a valores entre 5 e 10 microradianos na cratera devido à
efeitos térmicos da superfície. Os dados dos dispositivos são enviados
diretamente (via sinais de rádio) ao centro de estudos de Vancouver e
posteriormente armazenados em arquivos de computadores. Estes dispositivos são únicos
no fornecimento de informações em tempo real sobre as deformações nas crateras.
Desta maneira, tornam-se indispensáveis quando o trabalho em campo é
dificultado em função de condições ambientais prejudiciais ou atividade vulcânica
em potencial. A vibração e
variação de inclinação da superfície da cratera iniciou-se algumas semanas
antes de cada erupção nos anos de 1981 e 1982, em St. Helens; a inclinação
intensificou-se alguns dias antes e, em inúmeras ocasiões, algumas horas antes
das erupções, reverteu sua direção continuamente. Por exemplo, em 19 de março
de 1982, registraram variações de 14 microradianos 3 semanas antes de uma erupaçã;
um dia antes os registros foram de 360 microradianos. Houve mudança de direção
30 minutos antes de se iniciar a erupção. Este artigo nos
mostra que uma das maiores dificuldades enfrentadas por geólogos e outros
estudiosos da área, que é a previsão de terremotos, pode ser determinada em um
futuro próximo. O artigo trata de erupções vulcânicas de áreas em intensa
atividade; porém, com o avanço tecnológico, muito pode ser obtido para a previsão
de terremotos que ameaçam constantemente a vida humana em certas regiões do
planeta.
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