Aluno: Nestor Bragagnolo Filho 942606-1
Trabalho de Instrumentação Eletrônica (transdutores)
Extensômetro EP-08-031DE-120
Fabricante: Measurements Group
http://www.measurementsgroup.com/A empresa é uma das mais respeitadas fabricantes deste tipo de componente e uma das poucas a ter estoque de seus produtos para pronta entrega.
1- Dimensão do extensômetro
A dimensão do extensômetro refere-se ao comprimento da grade , que é a parte sensível, conforme é mostrado na figura, no modelo escolhido é de 0.79mm. É a consideração mais importante a ser feita, pois o extensômetro deve ser colado na região de maior deformação e na mesma direção já que o modelo é unidirecional. A figura a seguir apresenta um gráfico da distribuição ao redor de um ponto de elevada concentração de tensão e mostra também o erro cometido na medição da deformação por ter sido utilizado um extensômetro de dimensão maior do que o da região de concentração de tensão.
A grade do extensômetro (elemento resistivo) deve ser posicionada de tal modo que a direção da deformação principal coincida com a direção da grade.
Para o caso de medição de deformações em uma só direção, utilizamos o extensômetro simples.
Quando são conhecidas duas direções principais, utilizamos um par de extensômetro denominados de roseta de dois elementos.
Quando as direções principais de deformações não são conhecidas utilizamos a roseta com três extensômetros que aplicados a um ponto, permite que se determine as amplitudes de deformações principais e a direção em que elas ocorrem.
Para transdutores existem extensômetros especiais com modelos de grade que ficam posicionadas na direção da deformação principal.
3- TIPO DO EXTENSÔMETRO
A escolha do tipo do extensômetro refere-se a sua aplicação, por exemplo:
Medidas de deformações estáticas;
Medidas de deformações dinâmicas;
Temperatura de operação;
Limite de deformação;
Capacidade da corrente de excitação;
Auto compensação de temperatura. (o modelo esolhido não possui)
MEDIDAS DE DEFORMAÇÕES ESTÁTICAS
Requer do extensômetro grande performance. Sua escolha associada aos acessórios tais como: cola, materiais de impermeabilização e fios de conexões, deve ser feita para cada caso de aplicação, levando em consideração as limitações de toda instalação.MEDIDAS DE DEFORMAÇÕES DINÂMICAS
O extensômetro deve ter grande sensibilidade longitudinal e confeccionado com materiais resistentes à fadiga.
TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
Deve ser observada à temperatura de trabalho. Existem extensômetros para as mais variadas faixas de trabalho e o limite de temperatura de operação de um extensômetro depende dos componentes que entram na sua composição.
LIMITE DE DEFORMAÇÃO
Existem na prática extensômetros para alongamento de até 10%, mas os mais comuns, como o que foi escolhido são para 2% de deformação. Esta propriedade depende da liga do filamento e dos materiais da base e sua colagem e, ainda, da própria fixação do extensômetro.
CAPACIDADE DA CORRENTE DE EXCITAÇÃO
A corrente suportada pelo extensômetro é de grande importância na sensibilidade do sistema de medida, uma vez que a tensão de saída do aparelho em que está o extensômetro ligado, é diretamente proporcional à corrente de excitação. Mas temos que levar em conta a dissipação do calor gerado pelo efeito Joule nessa resistência que implica na estabilidade ou erro de leitura.
A corrente que deve ser imposta ao circuito é dependente do extensômetro em si, ou seja, do tamanho da grade, do tipo de base e do material em que está colado; os valores práticos, para uma orientação, de maneira geral pode se ter:
Para os extensômetros de base de papel, a corrente suportada é de até 25 mA;
Para os extensômetros de base de baquelita colado em metal pode suportar até 50 mA (caso do extensômetro escolhido para o trabalho);
Para os extensômetros aplicados em materiais de baixo coeficiente de condução térmica, tais como: plásticos, gesso, concreto e outros, é aconselhável não ultrapassar 6 mA de excitação.
Os instrumentos normais para uso em extensometria, funcionam com correntes inferiores a 5 mA.
AUTO COMPENSAÇÃO DE TEMPERATURA
Quando utilizamos extensômetros com coeficiente térmico linear diferente do coeficiente térmico do material onde o extensômetro está aplicado, ao variar a temperatura, o extensômetro estará sujeito a uma deformação aparente que é proveniente unicamente da variação da temperatura.
Os extensômetros auto compensados com a temperatura, são obtidos combinados perfeitamente, o coeficiente de dilatação térmica da liga da grade, com o material em que está aplicado o extensômetro e mantendo o coeficiente de resistividade com a temperatura nula, evidentemente, para um dado intervalo de temperatura.
Atualmente são fabricados extensômetros auto compensado para os diversos tipos de materiais, conforme é mostrado na tabela abaixo
Material |
Coeficiente de Expansão |
Código |
|
Invar |
1,4°C |
0,8°F |
00 |
Quartzo |
0,5°C |
0,28°F |
00 |
Molibdênio |
4,9°C |
2,7°F |
03 |
Tungstênio |
4,3°C |
2,4°F |
03 |
Aço inoxidável 410 |
9,9°C |
5,5°F |
05 |
Aço 1010,1020 |
12,1°C |
6,7°F |
06 |
Aço 4340 |
11,2°C |
6,3°F |
06 |
Aço 17-4PH |
10,8°C |
6,0°F |
06 |
Cobre-Berílio |
16,7°C |
9,3°F |
09 |
Aço inoxidável 304 |
17,3°C |
9,6°F |
09 |
Aço inoxidável 310 |
14,4°C |
8,0°F |
09 |
Aço inoxidável 316 |
16,0°C |
8,9°F |
09 |
Duralumínio 2024 - T4 |
23,2°C |
12,9°F |
13 |
Duralumínio 7075 - T6 |
23,2°C |
12,9°F |
13 |
O catálogo fornecido pelos fabricantes de extensometria são bem detalhados e possuem toda informação necessária para que se escolha corretamente o extensômetro.
Cada fabricante adotou um sistema de codificação para facilitar a escolha do tipo de extensômetro, e esses sistemas de codificação possuem uma certa semelhança entre si. Mostramos a seguir para ilustração, a codificação adotada por um dos fabricantes de material para extensometria.
Concluimos que através das comparações feitas anteriormente que o extensômetro EP-08-031-120 pelo seu preço (22 dólares a caixa com 10 unidades) compatível com o mercado, e pela sua ampla gama de aplicação é recomendado para todos os tipos de aplicação de extensômetros exceto as que involvem variações de temperatura, para as quais a compensação de temperatura se faz necessária.
4. Esquema de Ligação
Neste tipo de ligação haverá influência da temperatura nas leituras de deformações.
A medida da deformação será devido ao esforço normal, ao momento fletor e a variação da temperatura.
R2
, R3 e R4 são resistores fixos de precisão.
Pn = Força normal
Mf = Momento fletor
Eo = Tensão de saída
E=Tensão de alimentação
K = Fator do extensômetro
5. Referências e Links relacionados
http://www.arotec.com.br/